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Friday, May 27, 2005

A INTOLERÂNCIA DOS TOLERANTES

Este post contém um artigo escrito por um amigo da época em que eu estudava no Betel Brasileiro. Seu nome é Weber, ou melhor, Pastor Weber.

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Há muitas pessoas que lutam em favor do que denominam de “tolerância”. Jargões como: “cada qual é livre para avaliar sua própria conduta”, são lemas do que chamamos “Movimento da Tolerância”. Este movimento, além de propagar a liberdade irrestrita do ser em fazer o que quer que queira, condena a “intolerância” daqueles que afirmam verdades absolutas, pois, segundo o movimento, cada qual estabelece seus próprios limites, desde que não prejudique o outro. No entanto, o título deste artigo - já utilizado por outro escritor, mostra um outro lado da práxis deste movimento que nem sempre é especificado: a intolerância.
Este movimento rotula de “intolerantes” todos aqueles que afirmam proibições de natureza moral. Os evangélicos - e o Evangelho, donde herdaram o nome, logo são etiquetados de intolerantes por causa de suas proibições quanto ao homossexualismo, às relações extra-conjugais, à bebedice etc. Os tolerantes realizam simpósios, seminários, caminhadas e até ações judiciais na tentativa de condenar a “intolerância” destes que são chamados de absolutistas. Por outro lado, os que se auto-intitulam tolerantes, com “toda ingenuidade”, caem na incoerência de serem intolerantes perante aqueles que eles apelidam de “intolerantes”.
Os chamados Evangélicos são denominados de protestantes porque possuem uma autoridade sobre suas crenças, a Bíblia Sagrada, pela qual protestam contra tudo aquilo que não se coaduna ao seu ensino. A Bíblia brada como um leão, reivindicando ser a Palavra infalível de Deus e mostrando seus efeitos na vida daquele que a aceita. Em virtude disso, nossa atitude não pode ser diferente frente às práticas que a Palavra de Deus diz: “abominação é” (Lv. 18.22). É incoerência a reivindicação do título de “cristão” (seguidores de Cristo) sem que haja a devida subordinação à autoridade de Jesus que dizia: “Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus” (Mt. 22.29).
Existem aspectos na vida, dos quais a decisão é algo puramente pessoal, mas há outros, como os princípios da moralidade que são absolutos em qualquer lugar na face da terra. O homicídio é um destes. Mesmo que em alguns casos o pecado ofusque, ele é errado no Brasil, no Japão, na África e em qualquer outro lugar onde haja o ser humano, afinal de contas, Deus não apenas revelou os Dez Mandamentos ao povo de Israel, mas também escreveu elementos de sua Lei no coração dos homens (Rm. 2.14,15). No caso do homossexualismo, a própria natureza mostra o quanto que ele é antinatural, de forma que, a sua aceitação é a assinatura da extinção da raça humana.
Mesmo assim, os princípios do Evangelho de Cristo não pregam o ódio ao homossexual, ao fornicário ou até mesmo ao homicida. Antes, o ensino de Jesus e seus apóstolos era o amor indiscriminado a todos os homens (Mt. 5.44-46; 22.39; Gl. 5.14). Este amor, porém não pode ser licencioso, a ponto de omitir a verdade ao seu destinatário; ele precisa ser verdadeiro, que aborreça o mal e apegue-se ao bem (Rm. 12.9). Por causa disso, o cristão deve amar o pecador, mas aborrecer o seu pecado, fazendo o mesmo que o seu Senhor faz.
A grande intolerância dos chamados tolerantes é querer forçar os cristãos a se tornarem tolerantes àquilo que é pecaminoso e mal, e perante isso os cristãos não podem se dobrar porque, dessa forma, abandonariam os princípios do Senhor Jesus Cristo em nome de uma “tolerância” que, na verdade, seria melhor denominada de licenciosidade.
Se possuir tolerância significa respeitar a decisão do outro, embora sabendo que esteja errada, os crentes são convocados a tê-la; mas, se ser tolerante significa aceitar e aplaudir os erros e más decisões das pessoas, os cristãos não o são, porque o próprio Cristo não o foi. Portanto, nenhum crente deve se envergonhar de anunciar sua fé na Palavra de Deus, pois enquanto isso, muitos estão bradando em favor da aceitação deliberado do pecado.


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