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Saturday, December 31, 2005

Reflexão de fim de ano

Já dizia o “filósofo” Cazuza – O tempo não para! E ele estava certo, pois mais um ano se finda e é tempo de reflexão.

Devemos refletir em dois contextos:
1) Em termos amplos – ou seja, qual o contexto maior em que estamos incluídos? A sociedade, a igreja, o trabalho e a família.

2) Em termos restritos – ou seja, o que eu (indivíduo) tenho feito para melhorar a vida do meu próximo e a minha mesma?


De forma ampla, devemos entender a filosofia de nossa época. Vivemos em um mundo pós-moderno e também pós-cristão. À medida que o tempo passa, as pessoas vão se tornando mais aversas à Palavra de Deus, e a Jesus Cristo (inclusive os cristãos).

O que eu acho interessante é ver algumas igrejas “triunfalistas” pregarem um avivamento da igreja nos últimos tempos, quando a Bíblia nos fala de uma apostasia no final dos tempos.

Uma característica da pós-modernidade é justamente o pluralismo. E o pluralismo será o responsável por pouco a pouco afastar Jesus da vida das pessoas.

Um bom exemplo para isso é período de Natal. Cumprimentar alguém com um “Feliz Natal”, poderá ser uma ofensa, pois Natal se refere ao nascimento de Jesus e nem todos são cristãos. Portanto, para sermos politicamente corretos, apenas cumprimentamos com um “Boas Festas” ou apenas um “Feliz Feriado”.

Isto é consequência do pensamento filosófico, influenciando a mente da sociedade. E agindo assim, vamos pouco a pouco esquencendo ou ignorando Jesus em nossas vidas.

Porém, isto seria um erro terrível.

Quanto mais abrirmos mão da presença de Jesus, para sermos politicamente corretos, mais e mais estaremos negando ao próprio Jesus Cristo.

A Bíblia é clara em nos alertar que o amor de muitos se esfriará (Mt 24.12)
Em Timóteo 3, o apóstolo Paulo nos dá um lista bem extensa de como se comportarão os homens nos úlitmos dias.

Os últimos tempos vem desde o dia de Pentecostes, porém a medida que o homem esquece de seu Criador e do seu Salvador, vamos tendo a sensação que de fato, a humanindade caminha para o seu apocalipse.


Olhando desta perspectiva, alguém pode perguntar, - O que eu tenho com tudo isso?
E de fato, quando apenas observamos amplamente, o homem como indivíduo não pode ajudar muito.
É por isso que devemos também reflexionar sobre a nossa vida, em termos individuais.

A reflexão individual é justamente para saber onde eu me encaixo nesta mundança de pensamento social, como estou sendo influenciado, e o que tenho feito.

Nada que tomou proporções grandes, já começa grande. Por isso, um pensamento filosófico social que tem por interesse apagar ou diminuir a presença de valores cristãos e de Jesus na vida dos homens, só terá lugar em nossas vidas, se cada pessoa como um indivíduo, deixar-se influenciar, e a partir desta influência, passar a influenciar outros.

O que você crer, determinará como você vive.

Portanto, existem coisas que como indivíduos que crêem em Cristo, devemos resgatar, para que os ventos gelados da pós modernindade não nos invadam.

O Evangelho é simple e a verdadeira espiritualidade está na oração e na leitura da Bíblia. A importância deste resgate se dá no sentido de buscarmos um culto racional e centrado na Bíblia. Quanto mais em comunhão estivermos com Deus (pelo entendimento de Sua Palavra e pela oração sincera), mais espiritualmente fortes estaremos e mais fácil será para nós rejeitarmos doutrinas e práticas anti-bíblicas, mesmo que sejam em nome de Jesus.

O Evangelho é prática mútua de amor. Ações de amor para com o próximo falará mais alto do que muitas palavras soltas ao vento. Jesus disse que quando amássemos uns aos outros, mostraríamos ao mundo que somos discípulos dEle. A importância deste resgate, é para que não fiquemos parados em nossas zonas de conforto, enquanto o restante do mundo ao nosso redor perece. A sociedade em geral é egocêntrica e hedonista, ou seja, extremamente individualista e vivem apenas para busca do prazer. A prática do amor fará com que tiremos os olhos dos nossos próprios umbigos e fará também com que lutemos contra a frieza que vem disfarçada de piedade, que ao invés de nos levar a amar o próximo, nos conduz a um fundamentalismo arrogante e cheio de julgamentos. Amor tem que ser prático e não apenas de palavras.

O Evangelho é o próprio Jesus Cristo. Ele disse que Ele era a Palavra encarnada. O verbo de Deus que se fez carne. Ao resgatar o entendimento de que Jesus é a própria Palavra, iremos entender que quando a lemos, é o próprio Deus falando conosco. Isto nos fará ver que Jesus é a razão da vida e que sem Ele, a vida perde a sua poesia, o seu valor, a sua graça. Pois sem Jesus, não haveria evangelho e nem nada que se há.


Toda a revolução começa individualmente, e nos corações daqueles que querem ver o mundo um lugar melhor para se viver.

Proponho que neste anos de 2006, possamos buscar viver uma vida autêntica, sem máscaras, sem falsa piedade, sem hipocrisia. Uma vida que entende a Graça de Jesus e por ela quer viver.
Uma vida que tem em Jesus a sua razão, e por mais que haja uma pressão social para tirá-lo dos nossos corações, isto seja impossível, pois Ele já faz parte do nosso ser.

Que Deus nos abençoe!

Rodrigo Serrão

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